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Arquitetos: NO.MAD
- Área: 20200 m²
- Ano: 2012
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Fotografias:Roland Halbe
Descrição enviada pela equipe de projeto. Em um mundo governado por um pragmatismo de materiais e energético de uma ordem financeira, a sensibilidade tornou-se um fator criativo de alto risco. O edifício da Academia Executiva é a parte construída de um plano mais amplo criado com o mesmo processo de trabalho. É instalado na paisagem através de um sistema que, lidando com condições sensoriais, adapta o volume preciso para o fluxo da realidade a partir de uma independência formal sem pré-conceitos. Para isso, uma série de volumes genéricos condensam internamente todos os usos pedagógicos e departamentos universitários agrupando-os por especialidades educacionais em estruturas verticais independentes. O estudo das qualidades espaciais do plano geral do campus e seus arredores descobre uma relação geométrica oculta no qual sincroniza estes elementos compactos. Assim, cada volume situa-se no local com a melhor orientação em função da proximidade e requisitos de interligação entre as especialidades que abriga. Todas as estruturas verticais genéricas distribuem o acesso público e salas multiuso no piso térreo, os departamentos de professores e de administração nos pisos intermediários e os seminários e salas de aula nos andares superiores. Desta forma, os alunos podem se beneficiar de uma atmosfera enriquecida com vistas distantes para a paisagem.
Uma vez localizado, cada volume inócuo sofre diferentes adaptações em sua forma original, em relação à posição de altura de cada programa interno com o ambiente imediato e a paisagem distante. Em seguida, eles abrem-se de acordo com um catálogo pré-definido de comportamentos, abrangendo o acesso público e a sala polivalente ou para marcos distantes escolhidos de cada pavimentos e altura, sempre evitando os obstáculos construídos ao redor. Estas transformações do objeto original geram novos espaços panorâmicos com usos coletivos de descanso, reunião ou áreas de café, com uma intensa e exógena vocação visual. As geometrias direcionais permitem aos usuários desfrutar de múltiplas relações surpreendentes com alguns ícones vienenses escolhidos, como a Roda Prater, a Catedral de St. Stephan, na cidade medieval ou o Danúbio, sempre dentro de uma atmosfera contínua e homogênea.
Ao escolher essas relações externas independentemente em cada nível, um desequilíbrio vertical, ocorre entre as diferentes deformações de piso. Estas geometrias incompatíveis geram envelopes estruturais peculiares. São constituídas por uma série complexa de paredes que transferem as cargas de uma forma pontual e permitem a ausência de pilares internos. A compacidade desta envoltória perimétrica também atua como um sistema maciço para controle térmico e de luz, permitindo a coexistência entre as grandes paredes cortina panorâmica dos espaços comuns e o envelope perfurado das áreas de trabalho. O repertório variado de janelas responde a diferentes formas de vistas e iluminação em ambientes de trabalho ou de descanso. Suas dimensões e posições nascem diretamente das respostas ergonômicas e sensitivas para cada uso e altura.
O edifício mantém uma personlidade bi-material para o exterior, com uma pele de alumínio que reflete o movimento das nuvens sob diversas condições de iluminação e o vidro transparente ou espelhado. O interior também apresenta a ideia de um ambiente fisicamente homogêneo que permite a variabilidade geométrica do espaço a ser percebida claramente. Assim, implantou-se concreto por todos os lados com uma cor informativa no piso, dependendo se ele pertence a uma área pedagógica (roxo) ou administrativa (verde). As paredes espelhadas eliminam a presença do núcleo de comunicação e serviços, colaborando com a sua reflexão para amplificar a riqueza espacial interna e a condição misteriosa do que acreditamos ser real e o que não é.